domingo, 27 de junho de 2010

Queime seus navios, futuros-PFs!

Após a mensagem forte e sensata da Criska, sobre a questão de ser capaz de entrar na PF por merecimento, uma vez que é você que deve provar que merece mais a vaga dos que os outros, trago para você a minha mensagem. Dessa vez, sobre persistir, e não recuar. Jamais.



Se tem um post que eu gosto muito no blog Concurseiro Solitário é o post "Queime seus Navios". Ele trata da história de que Cortez (ou Pizarro, há controvérsias) teria, ao aportar na América recém-descoberta. E o fez por uma causa muito especial:

"Quando o conquistador espanhol Hernando Cortez aportou no México, uma das primeiras ordens que ele deu após montarem acampamento na praia foi para que seus homens tocassem fogo nos navios que os havia trazido da Espanha. Cortez fez isso porque estava tão comprometido com sua missão de encontrar tesouros na terra recém descoberta para os reis da Espanha, que não quis permitir que ele mesmo ou seus homens tivessem uma opção de voltar para a Europa sem cumprir a missão. Queimando os navios, Cortez eliminou essa possibilidade, forçando a si mesmo e a seus homens a focarem na missão e fazerem tudo o que fosse necessário para cumpri-la."

O texto ainda fala de como isso se aplica aos concurseiros em geral, na hora do desânimo, na hora em que dá vontade de desistir de tudo e voltar ao mercado, ao trabalho na iniciativa privada.

Bom, todos nós aqui somos aspirantes (desde já, acreditem!) a serem membros da instituição Polícia Federal. Nós não estamos nessa batalha, acredito eu (pelo menos, uma boa porcentagem) por um bom salário (se assim fosse, estaríamos fazendo concurso para o setor fiscal, não policial). Fazemos também porque acreditamos que merecemos estar lá, que poderemos fazer um trabalho honrado, com um bom salário, mas membros de uma corporação, acima de tudo, honrada e respeitosa.

No entanto, ninguém disse, quando entramos nessa luta, que ela seria fácil. Afinal, os concursos da Polícia Federal são alguns dos mais concorridos do país na atualidade. Além de uma forte competição (que, muitas vezes, acaba atrapalhando um bom trabalho de esforço e ajuda mútua por conta de certos elementos extremamente egoístas), candidatos de nível excelentes, provas organizadas por umas das bancas mais "duras" (CESPE/UnB), diversas etapas eliminatórias, etc., nós ainda temos que lidar com um dos nossos principais inimigos: nós mesmos.

Quantas vezes não olhamos para trás? Quantas vezes não pensamos em desistir disso, dessa coisa incerta, absurdamente difícil? Muitas, acredito. Acreditem, amigos, isso foi com vocês, é comigo, e com quase todos, se não todos, os candidatos.

Quando digo que devemos queimar nossos navios, é não nos darmos a chance de voltar atrás. Pense em tudo que você já sacrificou, as oportunidades de emprego perdidas, as baladas que não fomos, os livros (caríssimos!) comprados, o carro vendido justamente para banca os livros e cursinhos. Pode até ser um processo doloroso, mas vai inspirar o que eu desejo para vocês, amigos: o sentimento de que não há alternativa se não continuar a batalhar, seguir em frente. Até ostentarmos nossos distintivos.

Forte abraço a todos.

E rumo à Polícia Federal! (Porque voltar não é uma opção, guerreiros!)

4 comentários:

  1. Parabens Eduardo, um dos melhores textos até aqui. Escrito com o coração, mas lúcido e sério.
    Show...

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  2. Grande texto velho. Com certeza o maior obstáculo e o maior inimigo,somos nós mesmos. É uma batalha diária,mas iremos conseguir.

    "Não deixe a voz de outras opiniões afogar a sua voz interna. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu sentimento e intuição. ELES, DE ALGUMA FORMA, JÁ SABEM O QUE VOCÊ REALMENTE QUER SE TORNAR. Todo o resto é secundário...”

    Boa semana pra todos.

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  3. grande texto, já queimei meu navio e se minha namorada nao aguentar queimo ela tb, rsrsrs avante rumo a pf parabéns eduardo vlww

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