Cobertura completa: Palestra "Como ingressar na PF", por Rodrigo Cruz

Fala aí galera, beleza?

Hoje eu estava resolvendo umas paradas no computador da faculdade quando resolvi checar os e-mails.De repente eu tenho uma surpresa: era o parceiro Eduardo informando sobre a palestra “Como ingressar na Polícia Federal”. Eu topei de pronto. Estava crente que ia conhecer o figura pessoalmente mas acabou que não deu. Fica para a próxima. Mas que os créditos sejam cedidos à ele, pois eu não fazia ideia de que teria este evento e palestra.

Mas enfim. Saí do meu estágio às 18 horas e parti para o Centro de Convenções. Era a primeira vez que eu estava em um evento de concursos. Gostei bastante. O espaço é bem dividido, as principais editoras da área de concursos se fazem presentes e há muitas, mas muitas promoções mesmo. Para quem está iniciando na área, o livro do William Douglas estava 60 pratas, normalmente sai por volta de 90, 100 reais.

O legal é que o espaço é grande, mas sem exagero. Você conhece o local em pouco tempo.

Para mim, no entanto, o que mais vale à pena são as palestras. Infelizmente eu não pude ver a palestra do Alan Turnowski, chefe da Polícia Civil carioca. Apesar de meu foco ser a PF (não conta), eu admiro o trabalho da instituição polícia em geral, seja PM ou PC . Mas a PCERJ em especial pelo fato de ser a polícia judiciária (me identifico mais) do meu estado de origem.

Se por um lado eu não vi a palestra com o Alan, parti direto para “a boa”. Depois de dar uma volta pela feira, lá pelas 19 horas, eu resolvi ir para o auditório para não correr o risco de pegar um lugar ruim. Ainda cheguei a ver o final de uma palestra que parecia não render nada, mas para a área policial (estadual, RJ) foi bastante significativa. Tratava-se da palestra do Secretario Estadual do Planejamento do RJ, Sérgio Ruy Barbosa, tendo por título “Avanços e perspectivas na gestão de pessoas no RJ”.

Se é verdade ou não, politicagem ou não, confesso que não sei. Mas o fato é que quando sentei na cadeira o palestrante falava dos reajustes para a polícia carioca. 54% de reajuste para a PMERJ e PCERJ a partir de 2011.

Segundo ele:

• Hoje um Inspetor da PCERJ ganha R$1760,60, em 2014 R$ 2998,70 (início de carreira);

• Hoje um soldado da PMERJ e Corpo de Bombeiros ganha R$ 1219, em 2014 R$ 2077,23.

• Delegados civis terão reajuste de 60-70%.

• Policiais do BOPE e da CORE pasarão a ter gratificação de R$ 1500, além do salário, o que no Rio é altamente justificável.

Finalmente, para quem se interessa para concursos da PCERJ, estão previstos para 2011, 50 vagas para Delegado e 544 vagas para demais categorias.

Bem, não é um boato de esquina, foi apresentado em slide pelo Secretário de Gestão do RJ. Se é papo furado eu já não sei, rs.

Finalmente, vamos à parte mais esperada: a palestra do Pres.do Sindicato dos Servidores da PF-RJ, Telmo Correa. Como eu estava no auditório assistindo o final da palestra anterior, não tive problemas. A questão é que quando a palestra do gestor terminou, a moça da organização veio até mim e disse:

“Você quer fazer alguma pergunta para o senhor Sérgio?”. Era visível a tensão da moça.

Eu, de pronto, respondi: “Não, eu estou esperando a próxima palestra.”

“Ah tá, é que está uma confusão enorme lá fora. Tem gente pedindo pelo amor de Deus para assistir a palestra em pé”.

E foi assim que o grande momento chegou. O cara (Telmo) é a maior figura. Maior cerimônia no local, telão, projetor, apresentação em Power Point e o camarada chega, pega o microfone e começa a falar. De cabeça, num clima bem informal (o que achei bastante positivo).

Em relação à palestra em si, aproveitei a oportunidade de conversar com o Telmo, já que ele era super acessível. Mas de relevante, não houve nada. A galera que compareceu era muito leiga em concursos da PF.

Ele explicou sobre o concurso, mas nada que não sabemos, sinceramente. Eu até levei bloco para anotar qualquer coisa, mas não teve nada de novo mesmo.

Ele explicou que o foco do concurso da PF, o que conta de fato, é o curso de formação. Deixou bem claro que não vale de nada ser o 1º lugar geral. É mais inteligente passar do jeito que der e guardar energia para arrebentar no CF (dito por ele, o que concordo).

Ele reforçou o fato das pessoas terem certeza se este é o sonho, pois é um trabalho que suga demais o policial, com muita pressão. Inclusive, ele relatou até um caso triste. Um colega se suicidou (por estes dias), por problemas que se relacionavam com a pressão do cargo (uma pena, sinceramente).

Um detalhe muito importante, que não sei se realmente irá ocorrer, é que pretendem incluir no exame psicotécnico uma etapa oral. Ou seja, verificar minimamente a capacidade de expressão oral do candidato. (Dito por ele). Espero que não ocorra.

Finalmente, enfatizou que a corrupção no DPF existe, mas é realmente exceção e, se descoberto, rua! Não tem choro nem vela.

O final da palestra foi a parte que mais valeu à pena, pois houve uma rodada de perguntas (de novo, somente perguntas básicas). O interessante é que quando surgiu o assunto, o Telmo se mostrou contra o Projeto de Lei orgânica da PF. Não exatamente contra uma Lei Orgânica, claro, mas a este projeto. Ele deixou claro que não concorda com os rumos que este projeto está levando: unificação de cargos.

Já bem no final mesmo, o tempo esgotou e ele foi forçado a acabar a palestra. Só que continuamos o papo do lado de fora. No final, estávamos eu e mais dois caras (bem gente fina o pessoal) e o Telmo.

Foi aí que aproveitei para tirar dúvidas minhas, mais específicas. Mas confesso que esqueci de perguntar muita coisa que eu queria. Dei mole mesmo!

Quando o papo estava mais tranquilo e intimista, o cara da Folha Dirigida chamou ele para uma entrevista, aí eu resolvi ir embora.

Enfim, valeu pela experiência, pelo cara ser super acessível e gente boa. Mas por 99% da galera dali ser muito crua, não aproveitei muito.

É isso. Abração, pessoal.

Qualquer dúvida sobre a palestra, deixe um comentário que eu respondo.

Rodrigo.