sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mais uma etapa concluída!

Olá amigos, tudo bem?

Depois de algum tempo sem postar, venho com boas novas. Hoje fiz pela segunda vez o exame prático de habilitação e fui APROVADO. Não sou tão ruim de roda, viram? Rsrs...

Mais importante que isso é a atitude dos dois fiscais do Departamento de Trânsito que me chamou atenção hoje. Chamarei ela de X e ele de Y (embora ache que mereçam ter seus nomes aqui escritos, como exemplo, é melhor não por questões legais).



Logo quando me chamaram para começar o exame, X me perguntou porque eu havia sido reprovado na primeira tentativa. Expliquei e ela disse "Tudo bem, mas hoje vai dá tudo certo. É só prestar atenção, se concentrar. É só ficar tranquilo". Y, igualmente, disse pra eu ficar de boa. Estranhei, a princípio, o comportamento de ambos, pois a maioria dos fiscais tem cara de poucos amigos e não são nada simpáticos, muito menos demonstram preocupação quanto ao aluno.

Fiz a baliza, tudo direitinho, no tempo certo.  X e Y ressaltaram como fui bem, como estava tranquilo, e falaram que era só continuar assim que "em breve você estará habilitado". Fizeram algumas ressalvas, mas nada que me fizesse perder pontos, mas apenas observações práticas, para o dia a dia. Então X "me ganhou", quando disse: "Nosso objetivo, Eduardo, é habitar condutores seguros e atentos, para que no dia a dia não haja acidentes. Portanto, esperamos que se torne um deles". Fiquei feliz pela atenção dispendida a minha humilde pessoa. X perguntou se podia entrar no carro para continuar a avaliação, agora, no percurso e, ao meu sinal afirmativo, prosseguimos.

O restante da prova decorreu sem maiores problemas. Novamente, X e Y fizeram comentários a respeito da prática diára na direção, mas nada que eu estivesse fazendo de errado. Terminada a prova, antes de desembarcarmos, Y comentou: "Eduardo, parabéns, você está a provado. Não perdeu nenhum ponto, ficou tranquilo, só preste atenção no que falamos quando dirigir por aí, ok? Com o tempo você pega a 'malícia' do trânsito". Agradeci a ambos, agradeci a Deus e, antes saírmos, completou: "Você passou por mérito próprio, ok? Então, se alguém te pediu algo, pode pegar seu dinheiro de voltar". Antes de me despedir deles, comentei que o Detran devia ter mais examinadores como eles, e perguntei se o examinador era servidor público de carreira. X respondeu "TEM que ser".

Estou relatando isso apenas para que vocês possam ver o que há de excepcional. O serviço público não é formado apenas por gente desinteressada, malandra, e incompetente. Há muitos trabalhando sério, embora não sejam maioria. É nosso dever, como futuros policiais federais, como futuros servidores, dar o nosso melhor, pela sociedade e pelo país. Hoje vi que o Princípio da Eficiência sendo aplicado e percebi: não é difícil aplicá-lo, falta apenas boa vontade. Estes examinadores poderia simplesmente não se importar comigo, não me tranquilizar e nem comentar nada a respeito do trânsito, como fizeram comigo e outros em diferentes ocasiões, mas estes procuraram me acalmar, me deixaram a vontade e cumpriram seu papel para com a sociedade: avaliaram e aprovaram como apto um novo condutor que se mostrou pronto para enfrentar o trânsito.

Nós somos a diferença, irmão. Nós devemos querer fazer a diferença!

Mais uma etapa concluída, e seguimos rumo à Polícia Federal!
Um forte abraço a todos.

2 comentários:

  1. Estou contigo e não abro!Dou até mais uma ilustrada neste assunto, que pode estar ligado aos mandamentos do serviço público (LIMPE - legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e EFICIÊNCIA).
    Dia deste fui parar no PS carregando uma gripe infernal e me deparei com uma situação parecida coma sua, às avessas.
    O problema girou em torno do médico que ao chamar o pacientes para a consulta, fazia tal chamamento sentado em sua cadeira e em voz baixa. Resultado: muitos não ouviam chamado do médico e ficavam mais tempo que o necessário a esperar e sofrer (eu incluso). Ao entrar na sala do homem, de supetão, disse a ele que ele deveria ir até a porte para chamar os nomes, disse também algo sobre reverberação da voz dentro de um espaço limitado. Respondeu o homem:
    - Você quer que eu faça isso para todo mundo? Eu devolvi:
    - Não, só para os nomes que estão nas fichas, os pacientes!
    Vemos aqui então a outra ponta, o ouro tipo de servidor público, o preguiçoso!
    Mas o que sobrou é que estou novo, novamente, no caminho certo para tornar-me uma agente, dos quentes!! Nos vemos lá!

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  2. Estamos juntos, Candeia!
    Pois é, cara, esse é o retrato do funcionarismo público no Brasil hoje, de forma geral. É mas do que hora de uma iniciativa para a mudança desse triste quadro. Afinal, a Administração Pública é gerencial, e o administrado deveria, em teoria, ser tratado como cliente (que tem sempre razão... rs).

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