Cursinhos

Este é mais um relato pessoal do que dica de preparação, galera. No entanto, acho muito válido a todos vocês, pois trata de uma realidade com a qual todos nós nos deparamos uma vez ou outra no longo caminho da preparação.

Semana passada começei meu primeiro cursinho. Sim, acreditem: nunca havia feito cursinho antes! Tem gente que não consegue conceber preparação para concursos sem cursinhos, outros acham absolutamente desnecessário quando se tem força de Vontade o suficiente. Eu fico no meio termo, pois acho que o cursinho é importante quando se percebe que o estudo só não está produzindo como deveria.

Ao começar o cursinho, me confrontei de cara com um fato com o qual não havia nem pensado. Pelo menos nesta parte inicial, eu já havia visto toda a matéria! No entanto, este fato do cursinho estar funcionando como um grande revisão nos aponta outra coisa. Acho que aproveitaria bem mais este curso se o tivesse feito a um ano e meio atrás, quando havia iniciado minha preparação. Assim, ele conduziria, mostraria o caminho e me daria um primeiro contato menos impactante com a gigantesca gama de conteúdos do edital. Mas agora, que já me estudo há mais de um ano, aprendi "na marra" a maioria do conteúdo do edital, já zerei o conteúdo de algumas matérias. Conheço gente que faz cursinho em cima de cursinho justamente para transformá-lo em revisão (mesmo porque conhecimento parado é esquecido).

Claro que ainda assim, muito tem me acrescentado. Os professores são excelentes (pelo menos os que conheci até agora), e sempre trazem algo novo e bom aos alunos, como macetes, dicas em relação a formulação das questões da CESPE, entre outras coisas interessantes. Estão sempre a disposição dos alunos e achei isso bem legal. Exatamente o tipo de professor que seria (e serei, porque afinal, já o sou de profissão).

São poucos os alunos da minha turma, mesmo por ser uma turma de horário difícil para a maioria das pessoas (pela manhã). Das dez pessoas contei na aula de sexta, de Direito Constitucional, cinco são homens e cinco são mulheres. De longe, sou o mais novo de todos: aparentam, em sua maioria, terem de 25 a 30 anos, alguns talvez com mais. Alguns, pude perceber pela intimidade com o professor, já foram alunos do mesmo cursinho anteriormente.

Tive a oportunidade de conversar apenas com alguns, e um em especial. Ele me contou que era do Rio Grande do Sul, já fora Agente Penitenciário da SEAP-RJ, servidor de uma empresa estatal, tinha sido aprovado para a PRF (mas por conta de toda a confusão com este concurso, tomou ódio do mesmo). No entanto, claramente pude ver o seu perfil: o clássico concurseiro. Nunca havia tido um contato tão próximo com pessoas que estão nessa apenas pela grana. Não vou entrar no mérito de "vocação X interesse" (já bastante discutido ultimamente no blog do Sandro), mas vi que era um bom sujeito, uma pessoa como qualquer outra, mas que não via o DPF como um sonho, mas como um bom emprego. Em certo ponto, conhecer esse inusitado sujeito me levou a reflexão sobre o tema.

Sobre o curso em si, eu estou achando ótimo. A empresa é bem estrutura, com material de qualidade, infra-estrutura, bons professores, "boas" atendentes (rs), entre outras coisas. Só como aspecto negativo achei a forma de estruturação das aulas (uma disciplina por dias, três dias na semana, sendo aulas fechadas por módulos). Recomendo a quem for fazer um cursinho a saber mais sobre isso antes. Bom, terei de todo o jeito que complementar estes estudos com o estudo paralelo aqui em casa.

Enfim, tem sido uma boa experiência. Estou contente, apesar do preço absurdo (onde tive que compartilhar as custas com minha adorável irmã). No mais, para quem achar que precisa fazer um cursinho para reforçar os estudos, eu recomendo. Só vai reforçar seus conhecimentos. E para quem não pode pagar um ou não se sente a vontade, também recomendo que não faça, pois na boa preparação, para o candidato que busca sempre ser o Ideal (vide post anterior), ele é dispensável.

Um forte abraço a todos!

E rumo à POLÍCIA FEDERAL!