Um dia na delegacia - Por dentro da PF

Hoje foi um dia muito especial, e adoraria compartilhá-lo com vocês.

Hoje, pela primeira vez na vida, entrei numa Delegacia da Polícia Federal, no município de Niterói. O que fui fazer lá? Um favor para um amigo, comprar um livro "Federal", do APF Sandro Araújo. O mesmo já estava de sobre-aviso de minha ida, então estava tranquilo. Sem perder tempo, fui.



Quando avistei a delegacia de longe, na rua, deu aquele frio na barriga. Mesmo que eu só pegasse o livro e fosse embora, eu veria viaturas, policiais e o interior da delegacia, ou seja, tudo que faria minha imaginação ir longe. Me imaginaria de imediato do lado de lá do balcão de atendimento. E descobri que estava certo: entrei, passei por uma viatura ostensiva de "Controle de Químicos" e me dirigi aos agentes de plantão.

- Com licença... Como eu posso falar com o Agente Sandro?
- É só virar aqui e vai ver ele ali pelo vidro.

Não deu outra: de longe, vi o homem alto, corpulento, com um distintivo de "AGENTE" brilhando no peito. Parei alguns minutos, pensando em como falaria com ele, já que tinha bastante gente pra ser atendida. Cogitei sentar e esperar minha vez, ou algo assim, quando ele me viu, abriu um sorrisão e acenou pra eu me aproxiamar.

O APF Sandro, nosso "Anjo da Noite", foi extremamente receptivo e atencioso. Me senti em casa, de fato. Ele me mostrou o setor que chefia, o Núcleo de Imigração, onde se faz os passaportes, a sala dele (e o bonequinho do Darth Vader... rsrs). Logo de cara, ia me apresentando a um monte de APF's, sempre se referindo como "futuro agente". Me apresentou até para o "prefeito da delegacia", um antigo companheiro do GPE... rsrs.

Admito que fiquei comovido. Quem não ficaria, não é verdade? Disse isso pra ele depois, mas a verdade é que a recepção dele me emocionou tanto quanto a experiência de conhecer a delegacia em si. Sandro foi extremamente amável e, se era pra deixar uma boa impressão, deu a melhor.

Fui embora rindo que nem um bobo. Não conseguia conter a alegria, a felicidade de conhecer verdadeiros guerreiros da corporação que tanto amo e respeito. Agora já sei onde "recuperar as baterias" quando o cansaço e a tristeza atrapalharem os estudos e treinos.

Muito obrigado, Sandrão, pela experiência.

Mais convicto que nunca do meu amor, digo: Rumo à Polícia Federal!

Abraços a todos vocês, irmãos!

___________________________________________________________________

OBS: Ao mesmo tempo, recebi quase agora, quando cheguei em casa, a informação de um amigo meu sobre a morte de dois APF's na Amazônia... Duas estrelas se apagaram, dois heróis se foram (um dos quais, formado na ANP nesse último curso de formação, com poucos meses de polícia...).

Honra aos nossos heróis mortos.